Elasticidade da demanda: elástica ou inelástica. Fórmula, gráficos, exemplos

Um conceito básico no estudo de Ciências Econômicas, especialmente no campo da Microeconomia, diz respeito ao cálculo da elasticidade da demanda e da oferta de um determinado produto.

Para facilitar a compreensão, neste artigo iremos tratar apenas da demanda, deixando a oferta para outra oportunidade.

Para melhor entender esse assunto, vale recapitular a relação que existe entre preço e demanda.

A demanda (ou seja, a procura) por um determinado bem ou serviço é afetada pela variação de preços desse produto. Se o preço cair, espera-se que aumente a procura, pois a redução do preço desperta o interesse de pessoas dispostas a pagar menos. Inversamente, se o preço de um produto subir, espera-se que a quantidade comprada diminua.

A elasticidade da demanda indica o grau de sensibilidade dos consumidores à variação de preços de um determinado bem ou serviço.

Quando uma variação no preço (para cima ou para baixo) provoca uma variação percentualmente maior na quantidade demandada de um produto, dizemos que a demanda por esse produto é elástica.

Inversamente, quando uma variação no preço não afeta a quantidade demandada na mesma proporção, esse produto possui uma demanda inelástica.

Um exemplo clássico diz respeito ao consumo e à demanda por cocaína. A dependência química é uma doença crônica, incurável. A pessoa que desenvolve vício em substâncias ilícitas possui uma vontade irresistível de consumir a droga. Quando falta dinheiro para comprar a droga, o viciado começa a vender seus próprios pertences (roupas, livros, móveis), a fim de obter dinheiro para manter o vício. Em determinado momento, o indivíduo se vê obrigado a praticar roubos ou furtos para obter mais dinheiro e assim, comprar mais droga.

De forma alguma o viciado vai abandonar o vício com facilidade. Se o preço da cocaína subir, ele terá que praticar mais roubos, furtos ou assaltos para obter dinheiro e depois gastá-lo na compra dessa substância.

A demanda por cocaína é, portanto, um bom exemplo de demanda inelástica, pois, se o preço da droga subir, a demanda certamente não vai cair na mesma proporção, pois o viciado dificilmente irá abandonar o vício e estará disposto a pagar valores cada vez mais altos para adquirir a droga.

Outros produtos com demanda claramente inelástica:

  • Água tratada
  • Energia elétrica
  • Gás de cozinha
  • Transporte público
  • Sal
  • Gasolina
  • Medicamentos para doenças crônicas (diabetes, hipertensão, bipolaridade)

A demanda é dita elástica quando uma variação no preço provoca uma variação proporcionalmente maior na quantidade demandada. Isso se aplica a produtos ou serviços supérfluos ou não essenciais, artigos de luxo, joias, entre outros.

Exemplos de demanda elástica:

  • Peixe, caviar, picanha
  • Pacotes de viagem turística
  • Ingresso para entrada em shows, parques, jogos de futebol e eventos em geral
  • Consoles e jogos de video game
  • Carros importados
  • Colégios particulares

Fórmula

A fórmula usada para se medir a elasticidade da demanda por algum produto (bem ou serviço) consiste em dividir a variação percentual da quantidade demandada pela variação percentual do preço. O desenvolvimento da fórmula está apresentado abaixo:

Onde:

Q2 = quantidade demandada final
Q1 = quantidade demandada inicial

P2 = preço final
P1 = preço inicial

A resolução deste cálculo pode apresentar três resultados distintos:

  • Elasticidade maior do que 1 = demanda elástica
  • Elasticidade menor do que 1 = demanda inelástica
  • Elasticidade igual a 1 = elasticidade unitária.

Gráficos:

Gráfico demanda elástica

 

Gráfico demanda inelástica

 

Gráfico elasticidade unitária

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