Layout de produção por produto ou linha de montagem: exemplos, vantagens e desvantagens

O Layout por Produção ou Linha de Produção é a forma de arranjo físico mais fácil e intuitiva de todas. O exemplo mais evidente são as esteiras de fabricação industrial, por meio das quais os produtos são montados em sequência.

A primeira linha de produção foi criada em 1913 pelo empresário Henry Ford. Foi uma invenção revolucionária para os padrões da época, muito utilizada até hoje. No entanto, uma jornada de trabalho longa, com excesso de movimentos repetitivos e alienantes foi imposta aos operários. Tal alienação foi oportunamente exposta pelo ator Charlie Chaplin em seu filme Tempos Modernos, de 1936.

Nesta forma de arranjo, os recursos transformadores (máquinas, equipamentos e operários) são colocados ao longo da sequência de montagem. Eles se mantém em posição fixa. Quem se move é o recurso que está sendo transformado.

Exemplos:

Indústrias montadoras: praticamente todas as montadoras utilizam um layout por produto, como na fabricação de automóveis, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, bicicletas, etc.

Indústria alimentícia: em uma fábrica de bolachas, por exemplo, a produção consiste na mistura de ingredientes, cozimento do produto e embalagem, sempre na mesma ordem.

Frigoríficos: diz respeito a indústrias de produção e venda de carne bovina, suína e de frango, e seus embutidos. Este layout se aplica, inclusive, no abate dos animais.

Restaurante self-service: restaurantes que trabalham em formato de buffet, no qual os próprios clientes servem a si mesmos, são bons exemplos da utilização de layout por produto, apesar de não ter relação com produção industrial.

O layout de produção em linha, apesar do nome, geralmente não faz uma disposição em linha reta. Para economizar espaço, é comum a projeção de linhas em formato de U ou S.

Vantagens

Produção em massa com grande produtividade: devido ao trabalho padronizado, repetitivo e de baixa complexidade das linhas de montagem, é possível a produção de um alto volume de itens em pouco tempo, com baixo custo de treinamento para os operários e baixo custo variável por produto.

Fácil controle de produtividade: os chefes supervisores têm total controle sobre a atividade realizada por cada operário. Ele pode coordenar a velocidade da linha de produção, aumentando-a, quando achar necessário, ou diminuindo, quando houver problemas de qualidade ou falta de material.

Desvantagens:

Alto custo fixo: a produção em linhas de montagem requer altos investimento em aquisição e manutenção de máquinas devido à automação e robotização dos processos.

Trabalho monótono: o trabalho dos funcionários em linhas de montagem costuma ser repetitivo, pobre e tedioso. Devido à falta de motivação e interesse, faltas e atrasos são mais frequentes.

Risco à saúde dos trabalhadores: devido aos movimentos repetitivos, problemas nas articulações, lesões por esforço repetitivo e lombalgias costumam ser frequentes.

Produção vulnerável a paralisações: uma vez que a linha de montagem segue uma única direção, sempre que houver algum empecilho em qualquer etapa da sequência, toda a linha de montagem fica comprometida. A velocidade da produção fica subordinada à etapa mais lenta. A esta etapa chama-se gargalo.

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